VALORIZAÇÃO DA CULTURA E ECONOMIA REGIONAIS COMO CONTRAPONTO À GLOBALIZAÇÃO HEGEMÔNICA SEGUNDO BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS

ESTUDO DE CASO: O exemplo da Associação da Mutuca (Quilombo Mata Cavalo)

Autores

  • Silvânio Barcelos Faculdade Invest de Ciências e Tecnologia

Palavras-chave:

Globalização; quilombo; mercado regional.

Resumo

De acordo com diversos intelectuais que estudam o fenômeno da “Globalização”, à despeito da aparente homogeneização do conceito, o que se observa no âmbito da realidade é o alargamento do fosso que separa ricos de pobres no mundo globalizado e pós-moderno. Entre os autores que analisam tal conceito, destaca-se Boaventura de Sousa Santos para o qual uma das saídas capazes de contrapor às pressões econômicas e culturais impostas pelo globalismo hegemônico das grandes potências capitalistas do Ocidente, reside no esforço da valorização da cultura e economias regionais. Esse é o caso da experiência inovadora empreendida pelos quilombolas da Associação da Mutuca, pertencente ao complexo do Quilombo Mata Cavalo do Município de Nossa Senhora do Livramento, em Mato Grosso, abordado neste artigo como “estudo de caso”. Através de uma administração voltada às demandas do mercado regional da Baixada Cuiabana, as lideranças da Mutuca inovaram os processos de produção e comercialização de seus produtos, utilizando-se da força comunitária de sua associação em sintonia com alguns dos principais pressupostos defendidos por Sousa e Santos, o que confirma na prática a aplicabilidade empírica de suas teorias.

Biografia do Autor

Silvânio Barcelos, Faculdade Invest de Ciências e Tecnologia

Doutor em História pela UFMT, autor e docente pela Faculdade Invest de Ciências e Tecnologia e Rede Pública de Ensino do Estado de Mato Grosso.

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Publicado

2018-10-29